quarta-feira, dezembro 27, 2006

Coragem

ainda me venho abaixo. sinto-me impotente, quando na realidade muito depende de mim. mas a parte que só de ti depende é a que a mim mais me faz suspirar. e esse suspiro às vezes trás uma lágrima escondida, que se solta num momento que tinha que ser a dois. não ponho nada em causa. sei o que será de mim. mas quando algo me venda, me faz vergar, uma voz é mais alta em mim. coragem meu caro, coragem.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Carruagem

já mandei embora o eu que fui para ti. não o quero mais ver, porque isso implica a distância física de ti. e como ela dói. agora sou para te amar, sem ver marés ou luas. sou para voar com as asas que me dás. sou carruagem puxada por ti. e o Amor não expira.
será que acreditas?

sábado, dezembro 23, 2006

Sorriso

como te dizer? como falar contigo? sinto que não tens nada para me dizer. e eu com tanto guardado, sem saber para onde ir. irá, fatalmente, ter contigo. mas por onde?
por onde quer que seja, terás sempre um beijo guardado nos meus lábios, e a certeza de que, escondido nas minhas mãos, atrás das costas, tenho um sorriso para te oferecer.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Solidão

Maps


daqui a 20 anos, quando estivermos em frente à lareira, vou saber que isto é verdade. enquanto esse tempo não vem, desfaço-me a pensar que não virás, que tudo o que sonhei não passou de tempo. de que nós fomos neve ao calor. e pergunto-me se encontraste olhos que brilhassem contigo como os meus. sei a resposta. eles não te amam como eu te amo.


Maps

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Tu em mim

pensas que tudo passou. que tudo vai voltar a ser um caminho sem obstáculos nem olhares para o lado. não. estás fundo em mim e eu...bem, eu continuo a sentir-te todos os dias em mim. vejo-te sempre, quando entras em casa. vejo-te pela janela. imagino a tua respiração no meu pescoço. beijas-me o rosto. sufoco. porque sei que vais voltar. mas não quero esperar mais.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Ninguém

alguém sabe a nossa história?
ninguém.
alguém sabe aquilo que fomos e aquilo que ainda somos um para o outro?
ninguém.
será que alguém imagina a quantidade de estrelas que acendemos no céu, enquanto o fitavamos ao adormecer?
ninguém.
alguém sonhará que as nuvens se dissipavam ao lembrarem-se de nós?
ninguém.
é pena. tenho sempre na ideia de que daria uma boa história de Amor...

Calor

mesmo depois de todas as feridas. mesmo depois de todas as conversas que foram facas, e espinhos, e agulhas. mesmo depois das costas voltadas, e das portas fechadas. mesmo depois de dizermos uma ao outro que vivemos em universos diferentes, iluminados por estrelas que não se imaginam. mesmo depois de culparmos o Amor por ter desaparecido, quando ele apenas se escondeu bem no fundo de Nós, para ter a certeza de que, mesmo sem o ver, o iriamos seguir. sem saber bem como, perdeste esse rumo. mas mesmo depois das desilusões e das lágrimas. mesmo depois de teres perdido o rumo, continuo aqui. debaixo da tua janela. o frio da solidão vai-me abraçando lentamente. abre a porta. dá-me calor.